Há três anos o projeto vem tomando força na região, melhorando a qualidade de vida dos agricultores
Por Esmerino Neto, Keila Bachot e Tomaz Araujo I AlaNorte NotÃcias
Publicada em 02/12/2016 às 20:11 - Atualizada em 03/12/2016 04:19
As cidades da Região Norte de Alagoas estão sendo contempladas com projeto para melhorar as vendas dos alimentos produzidos pelas famílias dos assentamentos. O Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), do Ministério do Desenvolvimento Social e Agrário (MDSA) é destinado as famílias de baixa renda e conta com a parceria de Estados e Municípios e vem sendo executado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).
O programa possibilita as compras dos alimentos produzidos pelos agricultores e os destina as pessoas em situação de insegurança alimentar e nutricional. As entidades que recebem esses alimentos tem que estar com todas as documentações em dia com o Conselho de Assistência Social do Município.
As cidades que estão incluídas no projeto são: São Luís do Quitunde, Passo de Camaragibe e Porto Calvo. E as cidades que recebem os alimentos são Maceió, Barra de Santo Antônio, São Luís do Quitunde, Jundiá e Porto Calvo. A variedade de alimentos produzidos pelos agricultores são grande; macaxeira, batata doce, coco, melancia, Bolos, laranjas, Maracujá, feijão, banana entre outros.
A presidente da Associação, Maria Aurea, do Assentamento Amor no município de São Luís do Quitunde, disse que antes do projeto muita mercadoria acabava se perdendo.
“A gente perdia muita mercadoria porque tinha muita produção e não tinha pra quem escoar os alimentos. As vezes levava pra feira e voltava, mas agora já temos o local certo para entregar. É uma maravilha. E o pagamento é tudo certinho, não nos preocupamos com isso”, falou.
Em Maceió, uma Organizações Não-Governamental recebe os alimentos, já na Barra de Santo Antônio; escola, São Luís do Quitunde; escola, Passo de Camaragibe; Associação dos Agricultores, Porto Calvo; Associação da Assembleia de Deus e em Jundiá; Centro de Referência da Assistência Social (CRAS).
A execução do programa pode ser feita por meio de seis modalidades: Compra com Doação Simultânea, Compra Direta, Apoio à Formação de Estoques, Incentivo à Produção e ao Consumo de Leite, Compra Institucional e Aquisição de Sementes.
“Eu descobri essa ideia do projeto nas reuniões de território, foi onde a gente ouviu falar em um programa chamado PAA. Comecei a pesquisar que projeto era esse, e como poderia entrar. Conheci o Engenheiro Agrônomo, Tertuliano. Ele explicou tudo certinho e hoje estamos aqui sendo uma das 86 famílias contempladas pelo projeto”, comentou a vice-presidente Claudenia Pereira, moradora do Assentamento Bom Conselho, em São Luís.
O jovem agricultor, Luiz dos Santos, já saiu do projeto, e disse que esse ano vai mudar de plantação e voltar para a cana-de-açúcar. Para ele, o projeto já não rende tanto como antes.
“Já passei do limite do crédito oferecido pelo projeto, e esperar até ano que vem não sei se seria viável, porque antes tinha um lucro de até 8 mil e agora vem caindo com a crise.”, ressaltou Luiz.
Mas para a agricultora Adriana Cardoso, o PAA garante o sustento da família, além de motiva-la a plantar.
“O projeto foi muito bom porque nos deixa motivados a plantar. Eu quem sustento minha casa com meu trabalho e a agricultura é a única renda que tenho, além do bolsa família. Os compradores quando vinham comprar nossas mercadorias nunca pagavam o preço justo, e aqui é tudo bem pago”, disse Adriana.
O PAA tem como coordenador na região, o engenheiro agrônomo Tertuliano Moreno. Pare ele, a oportunidade oferece aos agricultores uma melhor desenvoltura nas vendas.
“É uma oportunidade dos agricultores se realizarem. Porque o projeto fecha o ciclo da agriculta, plantando e tendo mais uma oportunidade de venderem as mercadorias. Eu como profissional tenho uma oportunidade de desenvolver um trabalho para um grupo de agricultores com vontade de crescer”, explica o engenheiro. Essa é mais uma forma de motivar as famílias a ficarem no campo de uma forma justa e felizes".
Mais sobre o PAA
O PAA, foi criado em junho de 2003, mas no dia 14 de outubro de 2011, a lei foi alterada, e em julho de 2012 a lei é regulamentada. Há três anos o projeto vem tomando forças na Região Norte e melhorando a qualidade de vida dos agricultes. O projeto possui duas finalidades básicas: promover o acesso à alimentação e incentivar a agricultura familiar.