Cresce o roubo de motos na região Norte de Alagoas

Trafegar de motocicleta pela região Norte de Alagoas tornou-se temerário. Em pouco mais de 15 dias, seis motos foram tomadas durante assaltos em Japaratinga, Porto de Pedras, São Miguel dos Milagres, São Luís do Quitunde e Barra de Santo Antônio.

A última ocorrência foi registrada na quinta-feira (11). Por volta das 12h20, Erivaldo José da Silva, 21 anos, teve uma moto Honda Fan roubada por dois indivíduos armados na Fazenda Lagoa Vermelha, zona rural de São Luís do Quitunde.

Nem mesmo guardar a motocicleta a sete chaves, dentro da garagem ou em casa, é seguro. Valdir Carvalho Ferreira Júnior, 33, teve a residência invadida no Centro de São Miguel dos Milagres por três indivíduos armados, por volta das 5 horas do dia 26 de julho.

O trio criminoso rendeu o morador, que foi amarrado, e roubou a motocicleta dele, uma Honda CB 500 X, de cor vermelha, placa PDQ-4829, avaliada em cerca R$ 25 mil. O ciclomotor seria encontrado, mais tarde, carbonizado, na zona rural de Passo de Camaragibe.

Na noite dessa quarta-feira (10), policiais do 6º Batalhão de Polícia Militar (6º BPM), lotados na Companhia de Porto Calvo, entraram em confronto com dois homens acusados de roubar uma motocicleta em Japaratinga. Houve troca de tiros na AL-465 e um dos suspeitos, Jocélio Caetano da Silva, 21, foi atingido. Ele morreu no Hospital Municipal São Sebastião. A moto de cinquenta cilindradas foi recuperada.

Mobilidade

O comandante do 6º BPM, tenente-coronel Klingermário Araújo, observa que as motos – na maioria dos casos – são roubadas para a prática de um segundo crime. Muitas vezes são usadas para o cometimento de assaltos, tráfico de drogas e homicídios por causa das características deste tipo de veículo, que trafega facilmente por estradas de barro e, com a mesma mobilidade, livra-se dos congestionamentos urbanos.

De acordo com o tenente-coronel, em 50% dos casos de roubo de motos na área do 6º BPM, que compreende oito municípios da região Norte, esses veículos são recuperados pela polícia, que tem agido com rigor na fiscalização.

“Nosso maior problema são as cinquentinhas e a falta de espaço para armazená-las. Como em Alagoas ainda não é obrigatório o emplacamento, há dificuldade para detectarmos de imediato se a moto é roubada ou não. Em nossas abordagens, exigimos a nota fiscal ou um documento de transferência de propriedade autenticado em cartório”, explicou Araújo.

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