Sexta-Feira, 10 de Janeiro de 2025

Secretários do Nordeste discutem estratégias de combate ao Aedes

Gestores de saúde de Alagoas, Piauí, Maranhão e Rio Grande do Norte alinham ações para enfrentar a microcefalia


Por Tribuna Hoje
Publicada em 14/02/2016 às 07:48 - Atualizada em 15/02/2016 04:57


(Foto: Reprodução)

Secretários municipais e gestores de Saúde de Alagoas, Piauí, Maranhão e Rio Grande do Norte, discutiram nesta sexta-feira (12) à tarde em videoconferência realizada pelo Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems) o alinhamento de ações para o combate ao Aedes aegypiti, mosquito transmissor da dengue, chikungunya e do zika vírus, que tem preocupado autoridades públicas do país com o crescimento dos casos de microcefalia.

Na ocasião, a assessora técnica do Cosems/AL, Sylvana Medeiros, destacou que desde dezembro os municípios alagoanos vêm se mobilizando com mutirões de eliminação de criadouros, antes de a força-tarefa coordenada pela Defesa Civil entrar em ação. Um dos entraves que, segundo ela, tem dificultado o combate ao vetor transmissor destas doenças é a falta de uma política pública de saneamento ambiental.

“Não basta apenas matar o mosquito, mas traçar um plano eficaz de saneamento para o país e, para tanto, precisamos fazer esta provocação nessas discussões”, destacou Sylvana, acrescentando que as videoconferências serão um espaço relevante de debates e troca de experiências entre os gestores. Ela destacou a importância da participação dos coordenadores das Comissões Intergestores Regionais (CIR) nas videoconferências, que vão acontecer quinzenalmente, sendo a próxima marcada para o dia 23, às 14h30.

O diretor do Cosems de Alagoas e integrante da Diretoria do Conasems, Alessandro Moreira, dirigiu a videoconferência e reforçou a importância destes debates para a interação entre Estados e alinhamento de pensamentos para fortalecer a sala nacional de comando e controle de vetores. A secretária de Saúde de Matriz de Camaragibe, Nilza Malta, reforçou que, desde dezembro último, o trabalho entre agentes comunitários e agentes de endemias tem sido cada vez mais integrado.

Nilza demonstrou preocupação com o corte de verbas, por parte do Ministério da Saúde, para pagamento dos agentes de endemias. “O momento é de intensificação de ações nos municípios, logo não temos como reduzir o número destes profissionais e muitos gestores estão arcando com estas despesas. É urgente que se redefina a portaria que diminuiu o financiamento destes profissionais, já que o país enfrenta a eliminação de criadouros do mosquito da dengue” disse.

A secretária de saúde de Japaratinga, Madalena Ramalho, comunga da mesma preocupação. “É importante que os secretários municipais de saúde busquem estratégias de integração da Atenção Básica com a Vigilância para o combate ao mosquito”, acrescentou. Participaram ainda da videoconferência os secretários Clodoaldo Ferreira, de Jacaré dos Homens; e Morgana de Oliveira, de Messias.


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