Quinta-Feira, 20 de Fevereiro de 2025

Ministério da Saúde aponta redução de quase 27% nos casos de dengue em Alagoas este ano

Os dados divulgados indicam uma melhora no cenário epidemiológico da doença no Estado em comparação com 2024


Por Ruana Padilha e Daniel Tavares / Ascom Sesau
Publicada em 18/02/2025 às 21:31


Análise realizada pelo Ministério da Saúde aponta que nas seis primeiras semanas de 2025 foram notificados 374 casos de dengue em Alagoas contra 511 no mesmo período de 2024 / Carla Cleto e Marco Antônio - Ascom Sesau

Alagoas registrou uma queda de 26,8% nos casos prováveis de dengue este ano, segundo dados divulgados pelo Ministério da Saúde (MS), por meio da Secretaria de Vigilância em Saúde. A análise, com dados obtidos junto às Secretarias Municipais de Saúde, aponta que, nas seis primeiras semanas de 2025 foram notificados 374 casos da doença no território alagoano, contra 511 no mesmo período de 2024.

A melhora no cenário epidemiológico da dengue em Alagoas é resultado de várias ações realizadas pelo Ministério da Saúde (MS), a exemplo do Plano de Ação para Redução dos Impactos das Arboviroses, lançado pelo Governo Federal em setembro de 2024 e implementado pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) e as gestões municipais. Entre os destaques estão as atividades educativas voltadas à população, que é orientada a adotar medidas para evitar a proliferação dos criadouros do mosquito Aedes aegypti, transmissor da doença para os humanos.

O secretário de Estado da Saúde, médico Gustavo Pontes de Miranda, ressalta que além do trabalho conjunto entre os três entes federativos (governos federal, estadual e municipais), a queda expressiva nos casos de dengue em Alagoas é também resultado da colaboração da população. Isso porque estudo da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) aponta que 70% dos criadouros do mosquito da dengue estão em casas e quintais e, por esta razão, ao adotar medidas preventivas contra o Aedes aegypti, evita-se a sua proliferação e, consequentemente, há redução dos registros da doença.

“O trabalho das autoridades de saúde pública é importante, mas, como a maioria dos criadouros do Aedes aegypti está nas casas, por isso, a colaboração de cada cidadão é fundamental para evitar novos surtos de dengue ao longo do ano. Essa redução é uma conquista importante, que reflete os esforços coordenados, seja durante os mutirões ou nas ações educativas. No entanto, a luta contra a dengue não pode parar. A participação da população é fundamental para que essa tendência de queda continue”, salientou Gustavo Pontes de Miranda.

Medidas Preventivas

A secretária-executiva de Vigilância em Saúde da Sesau, enfermeira Thalyne Araújo, reforçou as medidas preventivas para combater o mosquito Aedes aegypti.  "É fundamental verificar regularmente a presença de água parada em locais como pratos de plantas, calhas, garrafas, caixas d’água, pneus, vasilhas de animais, cisternas, piscinas não tratadas e outros recipientes, além de usar repelentes, manter jardins e quintais limpos, e evitar o acúmulo de entulhos, folhas secas e lixos domésticos", enumerou.

Outra medida de proteção contra a dengue é a vacina. O imunizante foi incorporado ao Sistema Único de Saúde (SUS) no ano passado, por meio do Ministério da Saúde, sendo destinado às crianças e adolescentes de 10 a 14 anos. Ele está disponível em municípios selecionados que registraram mais casos da doença. Porém, é importante frisar que a vacinação é complementar e não substitui as ações preventivas.

Em Alagoas, o imunizante contra a dengue foi distribuído para os 12 municípios que integram a I Região de Saúde de Alagoas, formada por Maceió, Flexeiras, Messias, Barra de Santo Antônio, Paripueira, Rio Largo, Satuba, Santa Luzia do Norte, Coqueiro Seco, Marechal Deodoro, Barra de São Miguel e Pilar. Ele também está disponível na VII Região de Saúde, composta pelas cidades de Batalha, Belo Monte, Campo Grande, Coité do Nóia, Craíbas, Feira Grande, Girau do Ponciano, Jacaré dos Homens, Jaramataia, Lagoa da Canoa, Limoeiro de Anadia, Major Isidoro, Olho d’Água Grande, São Sebastião, Taquarana e Traipu. Sintomas da Dengue

Vale lembrar que, geralmente, a primeira manifestação da dengue é a febre alta, que dura de 2 a 7 dias, acompanhada de dor de cabeça, dores no corpo e articulações, fraqueza, dor atrás dos olhos, manchas vermelhas e coceira na pele. Contudo, segundo Thalyne Araújo, a infecção pode ocorrer sem sintomas, com quadro leve, mas, também, com sinais de alarme e de forma grave.

"Ao perceber a ocorrência desses sintomas, a pessoa acometida deve procurar uma UBS [Unidade Básica de Saúde] mais próxima de sua residência, ou uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA). Nesses locais, a população pode contar com profissionais capacitados e toda uma linha de cuidado montada especificamente para o atendimento dos casos suspeitos de dengue", orientou a secretária-executiva de Vigilância em Saúde da Sesau.


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