Presidente da Venezuela esteve no País, no fim do mês passado, e foi recebido com honras políticas pelo presidente Lula
Por Por Gazetaweb
Publicada em 07/06/2023 às 15:40
Maduro esteve no País, no fim do mês passado, e foi recebido com honras políticas pelo presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), atitude que foi criticada por diversos setores da sociedade, inclusive pela imprensa tradicional.
A moção de repúdio apresentada no Parlamento é de autoria do vereador Leonardo Dias (PL). Na justificativa que apresentou aos colegas, ele disse que a presença do presidente da Venezuela no Brasil, com honras de chefe de Estado, é de causar repulsa e indignação, classificando o mandatário do país vizinho como o responsável pela opressão que o povo venezuelano sofre há décadas.
“É um verdadeiro tapa na cara dos refugiados venezuelanos presentes no Brasil e, também, em nossa cidade as honras devidas a um homem que esmaga cotidianamente os direitos humanos e que contribuiu para rebaixar quase 95% de seus próprios cidadãos à pobreza”, citou o vereador, com base em dados da Universidade Católica Andrés Bello.
Foram mencionadas informações econômicas da Venezuela, quando 76,6% da população local estaria abaixo da linha da pobreza; 8,1 milhões de venezuelanos não possuem emprego; ⅓ tem ocupação regular; e inflação acima dos 300%, conforme o Centro de Difusão do Conhecimento Econômico (Cedice). O autor revelou que o salário-mínimo na Venezuela é o equivalente a R$ 27 por mês.
Ainda na argumentação, foi exposto que o Brasil recebe 750 venezuelanos por dia, na condição de migrantes e/ou refugiados. Até 2022, foram contabilizados 325.763 migrantes e refugiados venezuelanos.
A moção de repúdio frisou que, em 2020, o DEA, sigla em inglês no temido Drug Enforcement Administration, departamento de combate às drogas do governo dos Estados Unidos, colocou o ditador venezuelano Nicolás Maduro na lista de procurados, sob acusação de narcoterrorismo e lavagem de dinheiro, oferecendo recompensa de US$ 15 milhões para quem ajude a capturá-lo e US$ 10 milhões pela prisão de 13 integrantes da cúpula da ditadura.
“Os crimes de Maduro foram denunciados pela ONU em um informe detalhado da Missão Internacional Independente de Investigação de Fatos da ONU, que destaca um ‘plano orquestrado nos mais altos níveis do governo para reprimir a dissidência através de crimes contra a humanidade’. A Missão Internacional constatou, pelo menos, 122 vítimas que foram submetidas a tortura, violência sexual ou tratamentos cruéis perpetrados por membros do Estado”, destaca a justificativa.
