Por Cada Minuto - Da redação
Publicada em 01/03/2023 às 11:05
A partir desta quarta-feira, dia 1º de março, o governo federal retoma a cobrança de tributos sobre a gasolina e o etanol. Sem a isenção, a gasolina vai aumentar R$ 0,47 por litro e o álcool, R$ 0,02 por litro.
Em Maceió, o preço médio da gasolina nos postos de combustíveis pode saltar de R$ 5,10 para R$ 5,34. Já o preço máximo nas bombas pode chegar a, aproximadamente, R$ 6,33. Isso porque, apesar do aumento tributário, a Petrobras anunciou uma redução de 3,93% no preço médio da gasolina vendida para as distribuidoras e de 1,95% no preço do diesel. Os novos preços entram em vigor também hoje.
O economista Jarpa Aramis explicou ao CadaMinuto que, com a reoneração dos tributos, o esperado seria, em consequência, uma flexibilização do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) estadual.
“Com o ICMS estadual, houve uma estratégia para compensar a perda do arrecadamento que deixou de vir do governo federal em recursos. Quando há esse processo de reoneração, a expectativa é de que seja repensado. Mas são apenas especulações, não temos nada de concreto”, reforçou.
O presidente Lula (PT) havia mantido a desoneração feita pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que tinha prazo válido até terça-feira (28). Os tributos que voltam a ser cobrados sobre esses combustíveis são PIS, Cofins e Cide.
Economia e mudança de hábitos
Jarpa acrescenta que, para driblar o aumento dos combustíveis, a população pode buscar meios alternativos de locomoção, como ônibus, veículos por aplicativo e dividir carona.
“[É preciso] buscar meios de provocar alteração e mudança na rotina, onde você tem o gasto com esse item, ou seja, o consumo do combustível. É repensar a rotina”, destacou.
“Qualquer que seja o item: o combustível, um almoço fora de casa, comprar roupa, ter o seu lazer. É questão de comportamento. Quando a gente vê que aquilo está pesando no orçamento, a gente precisa reavaliar se é possível alcançar o processo de locomoção de forma diferente”, avaliou o economista.
Livre mercado
Por meio de nota, o Sindicombustíveis Alagoas disse que não tem como precisar cenários de reajustes nos combustíveis, “uma vez que o mercado é livre em todas as etapas da cadeia (produção, distribuição e revenda), cabendo a cada um desses agentes determinar os reajustes com base em suas estruturas de custos, individualmente”.
O Sindicato reforçou que não acompanha os preços praticados pelos postos de combustíveis e não possui interferência sobre estes.