Pesquisa indica que 71,2% das famílias estavam endividadas no mês de outubro. Já número de inadimplentes teve crescimento expressivo, atingindo 22,1% da população.
Por G1 Alagoas
Publicada em 22/11/2022 às 18:20
Após sete meses consecutivos de alta, o índice de endividamento em Maceió reduziu 2,7% entre os meses de setembro e outubro. Seis mil famílias saíram do endividamento nesse período, de acordo com o levantamento feito pelo Instituto Fecomércio, em parceria com a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).
Para o assessor econômico da Fecomércio, Victor Hortencio, três fatores podem ter contribuído para a queda.
“Os níveis de desocupação em todo o país, que, segundo o IBGE, chegou a 8,9% no trimestre encerrado em agosto do corrente ano; o arrefecimento da inflação geral anual que passou de 12% em abril de 2022 e, em setembro, se acomodou em 7,17%; e também o aumento dos valores das políticas públicas de transferência de renda”, argumentou.
Mesmo com a redução, Victor Hortencio considera alta a taxa de endividamento na capital alagoana: 71,2% das famílias maceioenses estavam endividadas em outubro. O valor ainda está abaixo da média nacional, que é de 79,2%.
Na comparação anual, o endividamento em Maceió apresenta um crescimento de 1,28%. Em outubro de 2021, a taxa era de 70,3%.
Já o número de inadimplentes cresceu 13,91%, saindo de 19,4% para 22,1% da população. A pesquisa aponta cerca de 67 mil famílias nessa condição.
Os conceitos de endividamento e de inadimplência são diferentes. Endividados são aqueles que se comprometeram com parcelas e pagamentos que ainda irão vencer, como compras parceladas no cartão de crédito. Quando esses pagamentos passam da data de vencimento, ou seja, atrasam, o endividado se torna inadimplente.
Victor Hortencio ressalta que, para ter uma vida financeira saudável, a recomendação é não ultrapassar o limite de 30% do orçamento com parcelas ou financiamentos.