Segunda-Feira, 23 de Dezembro de 2024

Endividamento reduz 2,7% em Maceió após sete meses de alta, aponta Fecomércio

Pesquisa indica que 71,2% das famílias estavam endividadas no mês de outubro. Já número de inadimplentes teve crescimento expressivo, atingindo 22,1% da população.


Por G1 Alagoas
Publicada em 22/11/2022 às 18:20


Endividamento em Maceió reduz 2,7% em outubro após sete meses seguidos de alta — Foto: Cecília Bastos/USP Imagens

Após sete meses consecutivos de alta, o índice de endividamento em Maceió reduziu 2,7% entre os meses de setembro e outubro. Seis mil famílias saíram do endividamento nesse período, de acordo com o levantamento feito pelo Instituto Fecomércio, em parceria com a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).

Para o assessor econômico da Fecomércio, Victor Hortencio, três fatores podem ter contribuído para a queda.

“Os níveis de desocupação em todo o país, que, segundo o IBGE, chegou a 8,9% no trimestre encerrado em agosto do corrente ano; o arrefecimento da inflação geral anual que passou de 12% em abril de 2022 e, em setembro, se acomodou em 7,17%; e também o aumento dos valores das políticas públicas de transferência de renda”, argumentou.

Mesmo com a redução, Victor Hortencio considera alta a taxa de endividamento na capital alagoana: 71,2% das famílias maceioenses estavam endividadas em outubro. O valor ainda está abaixo da média nacional, que é de 79,2%.

Na comparação anual, o endividamento em Maceió apresenta um crescimento de 1,28%. Em outubro de 2021, a taxa era de 70,3%.

Já o número de inadimplentes cresceu 13,91%, saindo de 19,4% para 22,1% da população. A pesquisa aponta cerca de 67 mil famílias nessa condição.

Os conceitos de endividamento e de inadimplência são diferentes. Endividados são aqueles que se comprometeram com parcelas e pagamentos que ainda irão vencer, como compras parceladas no cartão de crédito. Quando esses pagamentos passam da data de vencimento, ou seja, atrasam, o endividado se torna inadimplente.

 

Dados sobre o endividamento em Maceió

 

  • Para 95,9% das famílias, o cartão de crédito é a principal modalidade de pagamento utilizada para fazer alguma dívida. Em seguida aparecem os carnês, com 25,7%;
  • Para 59,4% das famílias, o comprometimento com compras parceladas ou financiamentos é de 3 a 6 meses;
  • Para 90,5% das famílias, 11% a 50% do salário fica comprometido com alguma dívida, distribuídas pelas modalidades cheque pré-datado, cartões de créditos, carnês, empréstimos e prestações.

 

Victor Hortencio ressalta que, para ter uma vida financeira saudável, a recomendação é não ultrapassar o limite de 30% do orçamento com parcelas ou financiamentos.


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