Incêndio foi provocado por um homem que ateou fogo na unidade de saúde durante atendimento à população. Ele se apresentou à polícia e vai responder pelo crime em liberdade.
Por G1 Alagoas
Publicada em 16/09/2022 às 16:40
A Polícia Civil informou, nesta sexta-feira (16), que concluiu o inquérito que apurava um incêndio criminoso na Unidade de Saúde Básica do município de Craíbas, no Agreste de Alagoas. O crime foi registrado no dia 22 de agosto. O posto estava funcionando e havia pessoas sendo atendidas quando o homem ateou fogo no local. Ninguém ficou ferido. Ele vai responder pelo crime em liberdade.
Segundo o delegado Manoel Acácio, o homem tinha procurado atendimento médico anteriormente porque apresentava cortes nas mãos. Ele buscava medicamento e vacina contra tétano. Como não havia o remédio que ele queria, deixou a unidade enfurecido. Dois dias depois retornou e provocou o incêndio. Ele responde a outro inquérito, por importunação sexual.
A Unidade Básica de Saúde Rosa Mística fica no povoado Folha Miúda. Segundo a Polícia Civil, por volta das 7h do dia 22, o homem, de 43 anos, entrou na sala principal do posto com uma garrafa pet nas mãos, contendo gasolina. Ele espalhou o combustível por toda sala e acendeu o fósforo em seguida.
O fogo se espalhou rapidamente, atingindo móveis, material de atendimento, computadores e fichas médicas. Pacientes que buscavam atendimento médico e funcionários do posto saíram correndo quando perceberam as chamas. Ninguém ficou ferido.
As chamas foram apagadas por moradores da região e funcionários, não sendo necessário acionar o Corpo de Bombeiros.
O inquérito foi remetido ao Ministério Público e o crime foi qualificado como dano doloso duplamente qualificado porque houve o emprego de substância inflamável e contra o patrimônio municipal, cuja pena prevista é de detenção, de seis meses a três anos, e multa.
"A pena, infelizmente, é uma pena branda, um apena de até três anos [de prisão], mas a gente espera que as autoridades competentes do município possam ingressar na justiça para requerer indenização por danos materiais e até por danos morais pela prática desse crime", disse o delegado Acácio.
Durante as investigações, o homem se apresentou à polícia em companhia do advogado. Ele foi ouvido, indiciado e vai responder o crime em liberdade porque não houve flagrante.