Segunda-Feira, 12 de Maio de 2025

Polícia conclui inquérito sobre incêndio criminoso em posto de saúde de Craíbas, AL

Incêndio foi provocado por um homem que ateou fogo na unidade de saúde durante atendimento à população. Ele se apresentou à polícia e vai responder pelo crime em liberdade.


Por G1 Alagoas
Publicada em 16/09/2022 às 16:40


Homem coloca fogo em posto de saúde porque unidade não tinha remédio — Foto: PC-AL

A Polícia Civil informou, nesta sexta-feira (16), que concluiu o inquérito que apurava um incêndio criminoso na Unidade de Saúde Básica do município de Craíbas, no Agreste de Alagoas. O crime foi registrado no dia 22 de agosto. O posto estava funcionando e havia pessoas sendo atendidas quando o homem ateou fogo no local. Ninguém ficou ferido. Ele vai responder pelo crime em liberdade.

Segundo o delegado Manoel Acácio, o homem tinha procurado atendimento médico anteriormente porque apresentava cortes nas mãos. Ele buscava medicamento e vacina contra tétano. Como não havia o remédio que ele queria, deixou a unidade enfurecido. Dois dias depois retornou e provocou o incêndio. Ele responde a outro inquérito, por importunação sexual.

A Unidade Básica de Saúde Rosa Mística fica no povoado Folha Miúda. Segundo a Polícia Civil, por volta das 7h do dia 22, o homem, de 43 anos, entrou na sala principal do posto com uma garrafa pet nas mãos, contendo gasolina. Ele espalhou o combustível por toda sala e acendeu o fósforo em seguida.

O fogo se espalhou rapidamente, atingindo móveis, material de atendimento, computadores e fichas médicas. Pacientes que buscavam atendimento médico e funcionários do posto saíram correndo quando perceberam as chamas. Ninguém ficou ferido.

As chamas foram apagadas por moradores da região e funcionários, não sendo necessário acionar o Corpo de Bombeiros.

O inquérito foi remetido ao Ministério Público e o crime foi qualificado como dano doloso duplamente qualificado porque houve o emprego de substância inflamável e contra o patrimônio municipal, cuja pena prevista é de detenção, de seis meses a três anos, e multa.

"A pena, infelizmente, é uma pena branda, um apena de até três anos [de prisão], mas a gente espera que as autoridades competentes do município possam ingressar na justiça para requerer indenização por danos materiais e até por danos morais pela prática desse crime", disse o delegado Acácio.

Durante as investigações, o homem se apresentou à polícia em companhia do advogado. Ele foi ouvido, indiciado e vai responder o crime em liberdade porque não houve flagrante.


Comentários

O conteúdo dos comentários abaixo é de responsabilidade de seus autores e não representa a opinião deste portal.

Instagram

Desenvolvido por HB Digital