Segunda-Feira, 23 de Dezembro de 2024

Endividamento das famílias de Maceió tem quinta alta consecutiva, aponta Fecomércio

Pesquisa indica que 71,1% das famílias estavam endividadas em julho, consolidando a tendência de alta iniciada em março deste ano.


Por G1 Alagoas
Publicada em 23/08/2022 às 17:31


Pesquisa aponta consolidação da tendência de alta no nível de endividamento em Maceió — Foto: Ana Clara Pontes/g1

Maceió registrou a quinta alta consecutiva no nível de endividamento em julho, quando 71,1% das famílias estavam endividadas. Os números são da Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), divulgada nesta terça-feira (23), que consolida a tendência de alta iniciada em março deste ano.

De acordo com o levantamento, realizado pelo Instituto Fecomércio Alagoas em parceria com a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), essa é a maior taxa de maceioenses com alguma dívida em 2022.

Quanto à inadimplência, 21,6% das famílias estavam com contas atrasadas. Em números absolutos, ao menos 2 mil famílias começaram a atrasar as contas entre junho e julho. No total, são 65 mil famílias nessa condição.

Os conceitos de endividamento e de inadimplência são diferentes. Endividados são aqueles que se comprometeram com parcelas e pagamentos que ainda irão vencer, como compras parceladas no cartão de crédito. Quando esses pagamentos passam da data de vencimento, ou seja, atrasam, o endividado se torna inadimplente.

Do total de famílias endividadas em Maceió, 88% delas comprometem entre 11% e 50% do salário com dívidas, quando o ideal é não ultrapassar o limite de 30%.

De acordo com o levantamento, o cenário local reflete o contexto nacional. Em julho, o número de brasileiros endividados chegou ao maior patamar dos últimos doze anos, com 78% das famílias nessa condição, de acordo com CNC.

Para o economista e coordenador do Instituto Fecomércio Alagoas, Victor Hortencio, os números mostrados na pesquisa refletem a queda do poder de compra da população, provocada por uma pressão inflacionária de dois dígitos.

Nesse cenário, as pessoas são forçadas a se endividar para conseguir manter o padrão de consumo em meio à retomada do funcionamento dos setores de bens e serviços com a flexibilização das restrições da pandemia de Covid-19.a


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