Advogado diz que caso aconteceu na madrugada de domingo (21) enquanto a polícia atendia a uma ocorrência de perturbação do sossego.
Por G1 Alagoas
Publicada em 22/08/2022 às 18:29
Integrantes de uma família denunciam que foram vítima de agressão e abuso policial em Teotônio Vilela, interior de Alagoas, na madrugada de domingo (21), enquanto os policiais atendiam a uma ocorrência de perturbação de sossego. Um deles está preso.
O g1 entrou em contato com a assessoria da Polícia Militar e com a Prefeitura de Teotônio Vilela, mas não tinha recebido resposta até a última atualização desta reportagem.
O advogado da família, André Faucz, conta que um casal, Juçara e José, o filho deles de 7 anos, além do pai de Juçara foram agredidos na porta de casa. Ele diz que a família estava do lado de fora observando a ação da polícia, quando um dos PMs foi atingido por uma pedrada que teria sido jogada por algum morador.
"Eles tentaram entrar na casa dela [Juçara], ela perguntou se eles tinham mandado e por que estavam fazendo aquilo. Eles simplesmente adentraram, puxaram-na pelo cabelo. O marido não gostou, foi tentar interceder e apanhou. O pai da Juçara recebeu uma 'gravata' quando tentou interceder. Uma violência excessiva", relatou o advogado.
Ao contrário da versão do advogado, os policiais relataram no Auto de Prisão em Flagrante, que o som alto vinha da casa do casal, e que foram eles que agrediram a equipe policial, com pedrada e xingamento.
Faucs conta que os policiais utilizaram balas de borracha durante a ação. Juçara afirma que foi atingida com socos e murros, apresentando machucados nos pés, pernas, braços e boca. Ela também relatou que teve a audição do ouvido direito afetada pelas agressões.
Irmão de Juçara, Sandro Lino conta que estava em um terreno ao lado da casa da irmã e que foi atingido por balas de borracha. "Já era de madrugada, eles encostaram as viaturas e já foram me agredindo, me batendo, atirando. Não queriam saber de conversa. Estou aqui todo roxo", relatou Sandro.
André Faucz informou que encaminhou o caso à Comissão de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil em Alagoas (OAB-AL).