Por TNH1
Publicada em 17/08/2022 às 15:17
Ao menos 24 famílias que residem no conjunto habitacional Vale do Amazonas, no bairro de Rio Novo, em Maceió, se concentraram na frente do residencial e cobraram soluções após o pedido de evacuação feito pela Defesa Civil Municipal, na manhã desta quarta-feira, 17. A desocupação das unidades foi recomendada após moradores da localidade registrarem afundamento de solo e rachaduras em alguns imóveis. Porém, as famílias alegaram que ainda não há certeza quanto um programa de recompensação financeira.
O morador identificado como Wanderley confirmou ao TNH1 que a Defesa Civil chegou ao local nesta manhã e solicitou a saída dos moradores de seis blocos que apresentam riscos. Dois já foram demolidos no último dia 12.
"Hoje eles querem que seis blocos sejam desocupados. São quatro apartamentos por bloco, então 24 famílias estão sendo diretamente atingidas. Dois já foram demolidos na semana passada", disse o morador sem ter conhecimento se os imóveis seriam demolidos ainda nesta quarta.
"Eles querem a evacuação, mas não dão respostas sobre realocação, sobre aluguel social, sobre valores para as mudanças... Tive que deixar meu imóvel e me mudei para o Clima Bom, onde pago aluguel com o dinheiro do meu próprio bolso", reclamou.
O Ministério Público do Estado de Alagoas confirmou que vai ocorrer, no prédio-sede, no Poço, às 11h30, a reunião convocada pelo órgão com representantes da BRK Ambiental, Defesa Civil Municipal, Gerenciamento de Crises da Polícia Militar e com moradores do residencial. Os promotores de Justiça Max Martins e Jorge Doria vão conduzir as discussões.
O TNH1 tentou contato com a Defesa Civil, mas até a publicação da matéria não obteve retorno. A reportagem será atualizada se tiver resposta da Prefeitura de Maceió para o assunto.
Causas do problema - De acordo com o relato de um morador do conjunto habitacional, as primeiras rachaduras foram registradas após uma obra de intervenção feita pela pela BRK Alagoas, para conter um vazamento de esgoto na localidade. O morador ainda relatou que uma cratera foi aberta para trocar a tubulação próximo ao residencial, onde, segundo ele, teria começado a desencadear os problemas de solo nos apartamentos dos moradores.
A BRK negou que o problema tenha relação com os serviços executados pela empresa.