49% dos bairros da capital têm índices altos de larvas do mosquito transmissor de dengue, zika e chikungunya.
Por G1 Alagoas
Publicada em 18/07/2022 às 19:44
Ponta Verde e Jardim Petrópolis são os bairros de Maceió que concentram maior número de imóveis com focos do Aedes aegypti, mosquito transmissor da dengue, zika e chikungunya. A informação foi divulgada pela Secretaria Municipal de Saúde (SMS) nesta segunda-feira (18).
Os dados são do 3º Levantamento Rápido de Índices para Aedes aegypti (LIRAa), da Gerência de Doenças Transmitidas por Vetores e Animais Peçonhento, realizado de 4 a 8 de julho em 16.537 imóveis na cidade.
Quanto maior o índice de infestação predial, mais alto o risco de epidemia das doenças transmitidas pelo mosquito.
Dos 50 bairros de Maceió, 49% têm risco médio de epidemia das três doenças; 31% têm têm alto risco e 10% estão com a situação sobre controle.
“Desde a última sexta-feira (15), já definimos o novo ciclo de visitas domiciliares nas localidades com altos números de criadouros com focos do mosquito, onde nossas equipes de agentes de endemias irão intensificar as ações em mutirões, promovendo um controle mais efetivo com o tratamento e eliminação dos focos e o reforço na orientação dos moradores”, destacou a responsável pela Gerência, Carmem Samico.
O levantamento que orienta as ações de controle do Aedes também apontou os tipos de criadouros mais predominantes: tonéis (33,3%), tanques (32,7%) e baldes (14,7%).
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Embora o material descartado como lixo, recipientes plásticos, garrafas, latas, ainda representem 28,8% dos criadouros encontrados com larvas, os recipientes ornamentais – vasos de plantas e plantas com água, por exemplo, também registraram um índice considerável, de 25,5%.
“Temos buscado trabalhar em parceria com população, reforçando as orientações e estimulando que cada um faça, a cada 15 dias, a própria inspeção em seu domicílio, mantendo os cuidados necessários com o acondicionamento do lixo e a cobertura de reservatórios de água, entre outras medidas”, reforça Carmem Samico.
A gerente lembra ainda que é possível também ligar para o Disque Denúncia (82) 3312-5495 para denunciar situações de risco, como terrenos baldios, piscinas desativadas e casas abandonadas ou solicitar uma visita de inspeção.
Até 9 de julho, Maceió registrou 4.893 casos de dengue, um aumento de 472,95% em relação aos casos notificados no mesmo período em 2021, quando havia 854 casos.
Em relação à chikungunya, já são 1.513 casos em 2022, aumento de 3.119,14%, na comparação com os 47 casos até 9 de julho de 2021.
A zika foi a única doença que registrou redução de casos: 31 casos em 2022 e 33, no ano anterior. A queda foi de 6,06%.
“É preciso estar atento a qualquer situação de acúmulo de água que possa servir de criadouro para o Aedes aegypti, possibilitando o aumento da transmissão das arboviroses. Vamos seguir com um trabalho minucioso, mas precisamos contar com a colaboração de todos para reduzir e superar o risco de uma pandemia”, ressalta Carmem.