Eram 114 corpos acumulados, sendo 69 da capital alagoana. Nesta quinta-feira, foram sepultados 10 deles no Cemitério São José, no Trapiche da Barra.
Por Erik Maia e Ana Paula Silva, g1 AL e TV Gazeta
Publicada em 09/06/2022 às 18:07
A Prefeitura de Maceió começou a sepultar os corpos que estão superlotando as câmaras frias do Instituto de Medicina Legal (IML). Eram 114 corpos acumulados no Instituto, sendo 69 da capital alagoana. Nesta quinta-feira (9), foram sepultados 10 deles no Cemitério São José, no Trapiche da Barra.
O problema da superlotação não é recente. Em abril, o IML de Maceió tinha 150 corpos, provenientes da capital e de cidades do interior, de pessoas não identificadas ou que os parentes não foram buscar para sepultamento.
A prefeitura de Maceió se comprometeu a contruir 60 novas gavetas no Cemitério São José para dar vazão a essa demanda. De acordo com a Superintendência Municipal de Desenvolvimento Sustentável (Sudes), 36 já foram concluídas.
Dos 150 corpos acumulados desde abril, 46 já foram sepultados em sete municípios:
Em abril, o diretor do IML, Diogo Nilo, revelou que há corpos acumulados no Instituto há pelo menos 4 anos. "A gente tem corpo aqui desde 2018. É uma problemática que vem sendo acompanhada aqui de muitos anos e que agora a gente chegou ao caos".
Além da superlotação, um dos conteiners, com capacidade para armazenar 50 corpos, está quebrado. Isso fez com que os corpos fossem amontoados nos espaços que restam.
"Não há como consertar. Então a gente teve de fato que trocar esse equipamento e isso gera um tempo porque gera a questão de compra. Então vai ser preciso a gente relocar esses corpos para outras geladeiras. A gente já está com as duas geladeiras super lotadas e tentando encaixar esses corpos em geladeiras que cabem. A nossa maior geladeira cabem 72 e já tem mais de 100 [corpos]", disse o diretor em abril