Domingo, 12 de Janeiro de 2025

Casos de dengue crescem 122% em Maceió; veja bairros com maiores taxas da doença

Boletim da Secretaria Municipal de Saúde ainda aponta aumento nos casos de zika e chikungunya, doenças também transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti.


Por G1 Alagoas
Publicada em 26/04/2022 às 17:46


Reprodução EPTV

Novo balanço divulgado nessa segunda-feira (25) pela Secretaria Municipal de Saúde de Maceió aponta aumento de 122,12% nos casos notificados de dengue desde o início de janeiro até o dia 16 de abril, em comparação ao mesmo período do ano passado.

O documento também mostra aumento de 171,4% nos casos notificados de zika e 63,6% de chikungunya. As três doenças são transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti.

Os três bairros com as maiores taxas de dengue por 100 mil habitantes são: Pajuçara (139,89), Guaxuma (107,48) e Pontal da Barra (75,35).

 

Tipos de criadouros do mosquito

 

Em relação aos tipos de criadouros do mosquito, o levantamento mostra que mais da metade (55,6%) são tanques, seguido por bacias (37%), vasos e pratos de plantas (36%), tonéis (24%), recipientes plásticos (15%), latas (15%), caixas d’água no chão (8,3%), copos descartáveis (8%), baldes (4,5%), plásticos (11%) e potes e isopor (6%).

O coordenador de Controle do Aedes aegypti em Maceió, Erivaldo Raimundo, mesmo com o trabalho diário dos agentes de endemias, é necessário que os moradores da cidade ajudem no combate ao mosquito da dengue.

"Têm sido realizadas, em todos os bairros de Maceió, ações para diminuir a proliferação do vetor de transmissão da dengue, chikungunya e zika. São atividades de orientação à população, rastreamento de locais de risco, tratamento com inseticidas, entre outras. Precisamos da colaboração da população para que todos fiquem atentos em suas casas e façam cada um a sua parte e, só dessa forma, poderemos diminuir e até mesmo zerar o número de casos em Maceió", disse.

 

Disque Dengue

 

A Coordenação Geral de Epidemiologia da SMS recebe ligações pelo número do Disque Dengue, 3312-5495, para denuncias sobre áreas com potencial para proliferação do mosquito e orientações sobre como agir no combate ao transmissor das três doenças.

 

É necessário lavar potes de ração e água dos animais

 

Agentes de combate às endemias da Secretaria de Saúde de Maceió (SMS) identificaram no corredor Vera Arruda, na Jatiúca, focos do mosquito Aedes aegypti. Larvas foram encontradas em comedouros e bebedouros improvisados instalados no local para alimentação de gatos e cães abandonados.

A gerente de Doenças Transmitidas por Vetores e Animais Peçonhentos, Carmem Samico, explica que não é proibido colocar comida e água em recepientes para animais abandonados, mas é preciso sempre verificar e limpas esses depósitos por conta do risco de proliferação do mosquito.

“A iniciativa da população de colocar comedouros e bebedouros para cães e gatos, em vias públicas, é louvável para que esses animais não passem fome nem sede. Entretanto, é necessário que haja manutenção frequente. Esses depósitos precisam ser lavados toda semana. Do contrário, com essa frequência de chuvas que estamos tendo, eles se tornam focos de mosquito, invariavelmente. Para que a alimentação dos animais não se torne um problema de saúde pública, é necessário que os depósitos sejam limpos”, alerta.

 

Evolução dos casos de dengue, zika e chicungunya em Maceió

 

Dengue

  • 2022 - 251 casos notificados, sendo 197 confirmados
  • 2021 - 113 casos notificados

 

Zika

  • 2022 - 19 casos notificados, sendo 8 confirmados
  • 2021 - 7 casos notificados

 

Chikungunya

  • 2022 - 18 casos notificados, sendo 8 confirmados
  • 2021 - 9 casos notificados

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