Fiscalização do Sinteal constatou as péssimas condições de trabalho para funcionários e a falta de estrutura para alunos; Semed informou que escola passará por reforma
Por TNH1 - Theo Chaves
Publicada em 04/04/2022 às 10:00 - Atualizada em 05/04/2022 13:15
O Sindicato dos Trabalhadores da Educação de Alagoas (Sinteal) denunciou, por meio de um vídeo publicado em seu perfil nas redes sociais, nessa terça-feira (29), a falta de condições de trabalho e segurança para funcionários e alunos da Escola Municipal Professora Marilúcia Macedo dos Santos, localizada no bairro do Jacintinho. Nas imagens, é possível perceber diversos problemas, como a falta de banheiros para o uso coletivo, falta de água nas torneiras e paredes da escola com infiltrações.
Em entrevista ao Canal Sindialoficial, as professoras Rousy Meire Alves e Jaíra Maria Povoas, relataram que os problemas surgiram logo após uma reforma feita em dezembro de 2021.
“95% dos funcionários da escola são mulheres. Não há como trabalhar sem banheiros, pois temos as nossas necessidades. Além disso, não podemos ter ventiladores, pois quando chove a água desce na parede. Isso não é de hoje. Tá assim há meses! Na verdade, desde o dia 14 de fevereiro, quando as aulas voltaram, está dessa forma. A escola passaria por uma reforma em agosto, mas por causa da pandemia, foi realizada apenas em janeiro. Mas entregaram os banheiros desta forma”, relataram.
Ainda no vídeo publicado pelo Sinteal, é possível perceber que os corredores foram transformados em bibliotecas improvisadas e uma mesa na sala dos professores foi construída com tapumes. A coordenadora pedagógica Maria Lígia Feitosa, que trabalha nos corredores da escola, descreveu a falta de salas para atender os pais e alunos.
“É uma situação muito difícil! Eu trabalho nos corredores, pois não temos salas. Durante os intervalos, eu tenho que parar o meu trabalho. É nesse espaço, sem privacidade nenhuma, que eu atendo os pais e alunos", contou.
Já na cozinha os problemas continuam. As imagens publicadas pelo sindicato mostraram a falta de ventilação no ambiente, além da ausência de segurança no local. “Eu vejo risco de trabalhar aqui. A cozinha é muito pequena, e o cilindro, que deveria ser instalado fora, fica perto do fogão. O ambiente é totalmente insalubre, não temos exaustor. Também não temos janela alguma", descreveu Vera Duarte, que trabalha como cozinheira na escola.
No mesmo vídeo, o sindicato também descreveu a falta de uma quadra esportiva e de um refeitório, para os alunos fazerem atividades físicas e comerem, respectivamente. O Sinteal ainda divulgou que dialogou com os trabalhadores sobre as melhorias no local e que uma possível paralisação dos servidores não está descartada.
Por meio de sua assessoria de comunicação, a Secretaria Municipal de Educação (Semed) infromou que "a engenharia da Semed já tem conhecimento e a escola ja está dentro da relação das unidades que serão recuperadas. Até a próxima semana as ações de reparos serão iniciadas".