Para cumprir a meta de universalizar o acesso à água e à coleta de esgoto, Alagoas tem saído na frente de outros estados brasileiros
Por Ascom Seinfra
Publicada em 04/11/2020 às 12:07 - Atualizada em 04/11/2020 12:13
A universalização do acesso à água e à coleta de esgoto é uma prioridade do Governo de Alagoas, que tem saído na frente de outros estados brasileiros a fim de reverter a situação histórica do saneamento básico que é comum a todo o país. De acordo com o Ranking do Saneamento Básico 2019 do Instituto Trata Brasil, em todo o Brasil, 35 milhões de pessoas ainda não têm acesso à água tratada e 100 milhões não têm acesso à coleta de esgoto, o que representa quase metade da população. Em Alagoas, segundo dados do Ministério do Desenvolvimento Regional divulgados em 2019, somente 22,35% da população tinha acesso à coleta de esgoto e apenas 20% desse esgoto era tratado.
Entre os investimentos do Estado de Alagoas, em junho de 2019 foram entregue duas obras de ampliação do esgotamento sanitário de Maceió: a Linha Expressa – Praça Lions, que possibilita a operação do sistema da região litorânea da capital, interligando o esgoto coletado com o emissário submarino, que reforça o sistema e acaba com os transbordamentos na região; e a obra de interligação do sistema de esgotamento sanitário nos bairros de Jacarecica e Cruz das Almas, com a instalação de 1.700 novas ligações de esgoto.
No final do ano passado foi entregue a Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) do Benedito Bentes, que já beneficia 160 mil moradores da parte alta de Maceió. No início de 2021, outra ETE será entregue, dessa vez no bairro do Farol, onde beneficiará cerca de 200 mil moradores da região.
“O saneamento básico está intimamente relacionado à saúde. Nas áreas mais carentes há ausência de redes coletoras de esgoto e soluções individualizadas de fossa séptica, sendo comum o lançamento de esgotos a céu aberto, refletindo-se diretamente nos altos índices epidemiológicos. Com o sistema de esgotamento sanitário, doenças são evitadas e isso aumenta consideravelmente o bem-estar da população”, explicou o secretário executivo de Infraestrutura do Estado, Gustavo Novaes.
Recentemente foi realizado o leilão da Concessão dos Serviços de Água e Esgoto da Casal (Companhia de Saneamento de Alagoas), que permitirá um investimento total de R$ 2,5 bilhões no fornecimento de água tratada e coleta de esgoto para toda a população da Região Metropolitana de Maceió, formada por 13 cidades. Além de influenciar diretamente na qualidade de vida da população, a otimização dos serviços de saneamento gera efeitos positivos em outras áreas sociais.
“A implantação do esgotamento sanitário em toda a região metropolitana de Maceió será um fator essencial para a melhoria na qualidade de vida e nos índices de saúde pública da população. Além de que proporcionará um maior desenvolvimento do turismo na região, ampliando os investimentos, gerando mais emprego e renda”, complementou Gustavo Novaes.
A concessão do saneamento básico levará oportunidades de trabalho para muitos alagoanos. Segundo dados da Confederação Nacional da Indústria (CNI), para cada R$ 1 bilhão investidos em saneamento, 58 mil empregos diretos e indiretos são criados. Assim, a perspectiva é que mais municípios de Alagoas sejam incluídos nesse processo através da geração de emprego.
Investimentos no interior
Com a concessão, serão aportados R$ 2 bilhões a título de outorga, verba que será priorizada pelo Governo nos investimentos para a universalização do acesso à água tratada no interior de Alagoas.
Outro projeto em andamento é a implantação de infraestrutura de saneamento básico na região do Litoral Norte do estado, que apresenta grande desenvolvimento urbano e turístico, numa região rica em belezas naturais.
São previstos investimentos da ordem de R$ 500 milhões, com recursos financiados pelo Banco de Desenvolvimento da América Latina (CAF), em cinco municípios da região: Maragogi, Japaratinga, Porto de Pedras, São Miguel dos Milagres e Passo de Camaragibe.
Para o Secretário de Estado da Infraestrutura, Maurício Quintella, a ausência dos serviços de saneamento provoca prejuízo à qualidade de vida da população e também para a economia. “O Litoral Norte de Alagoas tem ficado cada vez mais conhecido e tem recebido turistas do mundo todo, é essencial ter uma infraestrutura básica. Esses investimentos em saneamento na região vão impactar positivamente no turismo e na economia do estado”.