Por Redação - AlaNorte Notícias
Publicada em 14/08/2020 às 15:00 - Atualizada em 17/08/2020 12:57
O AlaNorte Notícias recebeu contato de alguns professores do município de São Luís do Quitunde que denunciam o não recebimento 1/6 (um sexto) de férias dos profissionais do magistério, que, até o fechamento o momento da publicação desta matéria, não foi creditado na conta dos professores que integram o quadro do Município.
A educação pública cumpre um calendário anual que compreende dois recessos em seu curso: um no início do ano, onde os servidores têm férias coletivas de 30 (trinta) dias e recebem o 1/3 (um terço) de férias, previsto na Constituição Federal, e outro no meio do ano, com duração de 15 (quinze) dias, e a respeito do qual os professores recebem o equivalente a 1/6 (um sexto) de férias.
Assim, o valor referente ao 1/6 (um sexto) de férias deveria ter sido pago aos profissionais do magistério ainda no meio do ano, tendo em vista que as aulas da rede municipal foram retomadas em 15 de junho, há exatos 60 (sessenta) dias, de forma remota, em razão da pandemia do novo coronavírus, e se trata de uma verba de natureza salarial e alimentar, esperada por muitos diante da crise econômica instaurada em todo o país pela pandemia.
Uma cidade de contradições
A queda de braço entre educação e Prefeitura não é novidade em São Luís do Quitunde. A cidade já protagonizou manchetes e reportagens diversas vezes por conta da má atuação de gestores que compunham o grupo político que comanda atualmente o Município. Nos últimos dezesseis anos, os servidores da educação de São Luís do Quitunde já viram seus salários sendo retidos por meses, tiveram a data de pagamento de seus vencimentos atrasada, realizaram diversas greves e travaram uma verdadeira luta para ter seu direito ao reajuste anual e respeito à data-base devidamente observados.
Por onde se anda na cidade, o que se observa são colégios e prédios da estrutura educacional passando por obras e reformas (alguns, já na reforma da reforma) e valores que saltam aos olhos frente ao porte dos serviços de engenharia realizados. Em contrapartida ao investimento de cifras absurdas feito pela prefeita, tem-se uma realidade de descaso e desprezo com os servidores da educação municipal, que, além de não terem recebido o 1/6 (um sexto) de férias, também estão sem aumento salarial, o qual também já foi o foco de grandes discussões.
Infelizmente, mesmo com os diversos desmandos e negligência que fazem parte da realidade dos funcionários quitundenses, muitos se calam como forma de preservação dos seus empregos no Município.
A revolta dos profissionais da educação aumenta quando se observa que algumas cidades do Litoral Norte, como Matriz de Camaragibe, já realizou o pagamento do 1/6 (um sexto) aos seus professores.
Procurada pela redação do AlaNorte Notícias, a Prefeitura Municipal de São Luís do Quitunde não se posicionou sobre o assunto.
Foto: cortesia