Segunda-Feira, 23 de Dezembro de 2024

Pesquisa aponta que as Prefeituras da Região Norte não investem em saúde pública como deveriam

As Prefeituras de Porto Calvo e São Luís do Quitunde ficaram com os piores índices


Por Esmerino de Lima - Estagiário*
Publicada em 22/01/2019 às 09:45 - Atualizada em 22/01/2019 15:07


Ilustração (Foto: Reprodução / Google imagens)

O Conselho Federal de Medicina (CFM) divulgou um levantamento, nessa segunda-feira (21), com dados que revelam o quanto os municípios brasileiros investem em saúde pública por cada habitante. Nas Prefeituras da Região Norte de Alagoas, Paripueira é a cidade que mais investe em saúde, no entanto, São Luís do Quitunde seguida de Porto Calvo são os municípios que menos investem em saúde, segundo o Sistema de Informações sobre os Orçamentos Públicos em Saúde (Siops).

De acordo com o levantamento, as Prefeituras da Região Norte de Alagoas gastaram menos que R$ 300,00 na saúde de cada habitante, nas suas respectivas cidades, durante o ano de 2017. A análise mostra também que esse foi o valor médio aplicado por gestores municipais com recursos próprios em Ações e Serviços Públicos declarados no Siops.

Segundo os números, municípios menores, em termos populacionais, arcam proporcionalmente com uma despesa per capita maior, como é o caso de Porto de Pedras e São Miguel dos Milagres. Em 2017, Porto de Pedras investiu R$ 218,95, enquanto, São Miguel dos Milagres investiu R$ 216,19.

A Prefeitura de Porto Calvo teve um crescimento: foram R$ 197,64 em 2013 que passou para R$ 182,15 em 2017. Desse modo, o município fica com a segunda colocação com o pior investimento em saúde pública. Ainda segundo o texto, São Luís do Quitunde também teve um crescimento: R$ 186,46 em 2013 e R$ 181,11 em 2017.

No entanto, a Prefeitura de Paripueira teve números satisfatórios desde 2013, com um investimento de: 217,88 e em 2017 R$ 282,60. Também que teve um resultado de crescimento positivo foi à prefeitura de Maragogi, com R$ 155,22 em 2013 para 226,63 em 2017.

O texto aponta ainda que a Prefeitura de Matriz de Camaragibe teve um bom desempenho: R$ 178,38 em 2013 para R$ 242,82 em 2017.

Entretanto, houveram municípios que deixaram de aplicar recursos na saúde pública, a Prefeitura de Barra de Santo Antônio gastou R$ 252,57 em 2013 e R$ 193 em 2017. Japaratinga também baixou o investimento passando de R$ 256,50 em 2013 para R$ 217,32 em 2017.

Desde 2013, à Prefeitura de Passo de Camaragibe é o município que menos investiu na saúde pública por cada cidadão da cidade. Em 2013 investiu R$ 187,57 e em 2017 foi R$ 186,71.

Ranking nacional

Com apenas 839 habitantes, o município de Borá (SP) lidera o ranking de gastos per capita na saúde, com R$ 2.971,92 gastos em 2017. Em segundo lugar aparece Serra da Saudade (MG), cujas despesas em ações e serviços de saúde alcançaram R$ 2.764,19 por pessoa.

Na outra ponta, entre os que tiveram menor desempenho na aplicação de recursos, estão três cidades de médio e grande porte, todas situadas no estado do Pará: Cametá (R$ 67,54), Bragança (R$ 71,21) e Ananindeua (R$ 76,83).

Entre as capitais, Campo Grande assume a primeira posição, com gasto anual de R$ 686,56 por habitante. Em segundo e terceiro lugares estão São Paulo e Teresina, onde a gestão local desembolsou, respectivamente, R$ 656,91 e R$ 590,71 por habitante em 2017.

Já as capitais com menor desempenho são Macapá, com R$ 156,67; Rio Branco, com R$ 214,36; Salvador e Belém, ambas com valores próximos de R$ 245 por pessoa.

A lista completa de municípios que participaram do levantamento pode ser acessada.


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