Por Agência Brasil
Publicada em 09/07/2018 às 08:54
Em quase três meses de instabilidade no mercado financeiro, o governo injetou R$ 233,5 bilhões na economia. O valor foi obtido pela Agência Brasil com base em comunicados do Banco Central (BC), que tem atuado para segurar o dólar, e do Tesouro Nacional, que tem recomprado títulos públicos para garantir a estabilidade.
Somente o BC injetou US$ 54,09 bilhões – o equivalente a R$ 209,27 bilhões pela cotação de quinta-feira (5) da moeda norte-americana (R$ 3,869) – no mercado desde 18 de maio, quando anunciou que atuaria de forma mais agressiva para conter a alta do dólar. Desse total, US$ 43,44 bilhões (R$ 168,07 bilhões) decorreram de leilões de novos contratos de swap cambial (venda de dólares no mercado futuro) e US$ 10,65 bilhões (R$ 41,2 bilhões) vêm de leilões de dólares das reservas internacionais com compromisso de recompra, ocorridos na última semana de junho.
Desde 28 de maio, quando iniciou os leilões de recompra, até a última quarta-feira (4), o Tesouro Nacional readquiriu US$ 24,228 bilhões em títulos prefixados e corrigidos pela inflação de médio e de longo prazo. O dinheiro vem do colchão da dívida pública, reserva financeira usada em momentos de instabilidade, que caiu de R$ 575 bilhões para R$ 551 bilhões desde o início do programa de recompras
Em relação aos swaps cambiais, o levantamento referente ao Banco Central inclui apenas os leilões de novos contratos, não a rolagem (renovação) dos contratos existentes. Desde 23 de junho, a autoridade monetária deixou de ofertar novos lotes, apenas renovando o montante de contratos de swap em circulação, em que troca contratos prestes a vencer por contratos com vencimento daqui a alguns meses.