Quarta-Feira, 25 de Dezembro de 2024

Movimento antivacina cresce em todo o mundo

No Brasil, o movimento já reúne cerca 13 mil adeptos


Por Débora Siqueira - Estagiária* |AlaNorte Notícias
Publicada em 04/07/2018 às 17:43 - Atualizada em 04/07/2018 17:59


(Foto: Ilustração/Google Imagens)

A quantidade de pessoas adeptas ao movimento contra a vacinação tem aumentado significativamente. Por todo o globo pais estão negligenciando a saúde de seus filhos com a desculpa de que as vacinas fazem as crianças ficarem emocionalmente instáveis, ou que tudo não passa de um grande plano da Indústria Farmacêutica para envenenar os habitantes mirins e fazer um controle de população. 

Tudo isto não passa de uma grande besteira, e está completamente errado.

Milhares de doenças assolavam as famílias do século XX, principalmente as crianças. Existia uma doença chamada  Poliomielite, palavra define a paralisia infantil. Essa doença matou milhares de crianças e deixou outras tantas paralisadas, já que era contagiosa. 

Em meados do fim dos anos 80 a vacina contra a Poliomielite finalmente foi “descoberta” e as crianças começaram a ser vacinadas. Graças à criação da vacina a Poliemielite foi praticamente erradicada em todo o mundo.

No entanto, graças ao movimento contra vacinas que tem crescido bastante nos últimos anos doenças como essa que são resolvidas com vacinação estão voltando. Enfermidades que estavam praticamente erradicadas em todo o mundo começaram a reaparecer, e isto têm acontecido por um motivo: os pais não estão mais vacinando seus filhos.

É o caso da terapeuta Gabriela Hurtado (35) que nunca vacinou seu filho Athur (2). “A vacina surgiu para que, quando o surto coletivo ocorresse, as pessoas pudessem criar imunidade ao vírus que estava em circulação. Mas criou-se um discurso do medo, uma ideia de que a vacina é preventiva, quando não é. Se a imunidade de uma pessoa estiver baixa e ela tiver que contrair uma doença, ela vai contrair, Relatou. 

Ao ser questionada sobre como poderia proteger o filho de doenças Gabriela afirmou que se os pais derem uma boa base emocional ele vai criar uma imunidade sólida. “Eu tive meu filho por parto normal, em casa, parei de trabalhar para ficar o máximo com ele. É isso o que garante a imunidade da criança, não é a vacina”, afirmou.

De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS) Gabriela está errada! Os dados são mais do que comprovados, o que praticamente extinguiu doenças como Poliomielite, Rubéola, Caxumba, Sarampo, dentre outras, foram as excelentes campanhas de vacinação promovidas pelos governos e a consciência dos pais que sempre levaram seus filhos para receber a prevenção.

Infelizmente Gabriela não está sozinha. No Facebook, existem pelo menos sete grupos brasileiros ativos que se posicionam contra vacinas, reunindo mais de 13 mil membros. 

A grande questão é que como esses pais que nasceram depois dos anos 80 já foram vacinados e não presenciaram a quantidade de crianças que morreram devido a tais pestes, eles acreditam, seja por viés filosófico ou religioso que a prevenção através da vacina não é importante e nem eficaz.

A vacinação é uma das maiores evoluções da humanidade. Já foram registradas mortes de pessoas com Sarampo na Europa e 4 casos foram confirmados no Rio de Janeiro. 

A situação é alarmante, pois movimentos antivacina estão ganhando força em virtude de um pensamento medieval acerca de algo tão benéfico. Por mais que existam reações do próprio sistema de cada indivíduo a proteção é necessária. 

A indústria não quer matar seu filho; o governo não quer matar seu filho; e as vacinas certamente não matarão seu filho. Pense nisto!


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